quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O exemplo do Torrão.

Para os que sonham com investimentos turísticos, desportos náuticos, barcos de recreio ou espaços de lazer junto à albufeira da Barragem de Fridão, em especial para as gentes de Celorico e Mondim de Basto, mas também para os autarcas de Amarante, Fridão, Chapa, Rebordelo..., aconselhamos uma visita ao Amarante TV http://www.amarante.tv/index_in.html.
Façam boa viagem e já agora, abram os olhos enquanto é tempo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009




VENHAM MAIS CINCO DUMA ASSENTADA... NÃO ME OBRIGUEM A EMBALAR A TROUXA E ZARPAR...


(Com a devida vénia ao José Afonso e ao JN de hoje, página 21)


Bastaram uns dias de Verão "à moda antiga" para que o rio Tâmega, no Marco de Canaveses, ficasse coberto por um manto de algas azuis que ficam verdesem contacto com as margens. A ausência de corrente devido à barra­gem do Torrão,aliada à poluição do rio - que em muitos locais recebe esgoto sem tratamento , potencia o fenómeno quando se registam temperaturas elevadas. Além de conspurcar a água, as algas acabam por apodrecer, liber­tando um cheiro nauseabundo. Indiferentes aos perigos e ao odor, há banhis­tas que continuam a refrescar-se no Tâmega, dentro do "caldo" de algas. A.O.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Para memória futura

Do DN de hoje

Oito mortos em central hidroeléctrica na Sibéria
12h06m
Pelo menos oito pessoas morreram, 11 ficaram feridas e 54 estão desaparecidas devido a um acidente, seguido de explosão, ocorrido na central hidroeléctrica Saiano-Chuchenskaia, na Sibéria.
foto AFP/TV GRAB

Imagem de destruição na central hidroeléctrica


Uma explosão, às 04:42h (01:42h em Lisboa), provocou a destruição parcial da parede da sala das máquinas e a sua inundação, segundo informação divulgada pelo Ministério para Situações de Emergência da Rússia.
Os peritos consideram que a explosão se pode ter devido a um "golpe hidráulico".
"Uma das causas mais prováveis do acidente é um golpe hidráulico, ou seja, o aumento drástico da pressão. Ainda se desconhece o que provocou isso. Os trabalhos de reparação continuam", declarou Dmitri Kudriavtsev, porta-voz do Centro Regional de Emergências.
Segundo Dmitri Kudriavtsev, a central hidroeléctrica, uma das maiores do mundo, foi parada logo após a explosão e foi feita uma descarga de água de emergência para evitar a inundação das localidades próximas da albufeira.
Vassili Zubakin, presidente do consórcio RusHidro, proprietária da central, declarou que serão necessários meses de trabalhos de reparação para que a situação volte à normalidade.
A suspensão do fornecimento de energia eléctrica por essa central, que tem dez geradores de 640 MW, cada um com uma potência de 22,8 mil milhões de kilovates hora por ano, está a prejudicar seriamente o funcionamento de fábricas de metalurgia situadas naquela região da Sibéria.

Ver vídeo e apontamento na Euronews clicando em
http://pt.euronews.net/2009/08/19/desparecidos-na-barragem-russa-de-sayano-shushenskaya-estao-provavelmente-mortos/

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Barragens e nova ponte sobre o Tejo obrigam o país a consumir mais energia

Jornal Público 06.08.2009
Por Luísa Pinto, Lurdes Ferreira

Os grandes projectos de obras públicas defendidos pelo Governo de José Sócrates contradizem os seus próprios compromissos de política energética e ambiental e, em vez de porem o país a poupar, vão levá-lo a consumir mais energia, a emitir mais dióxido de carbono e a gastar mais dinheiro.
Esta é a ideia de fundo de um estudo elaborado pelo presidente do Geota (associação ambientalista), Joanaz de Melo, que pega em dois casos concretos - terceira travessia sobre o Tejo e o programa nacional de barragens - para demonstrar que se trata de opções "insustentáveis" face à sua factura energética e ambiental.
Segundo os cálculos de Joanaz de Melo, professor de Engenharia do Ambiente na Universidade Nova de Lisboa, os 700 milhões de euros de investimento previsto para o tabuleiro rodoviário da terceira ponte sobre o Tejo vão provocar, a prazo, um aumento de um por cento da procura de energia final, e mais um por cento de emissões de CO2, por via do novo tráfego que vai gerar.
O programa de novas barragens (as 10 barragens do novo programa, mais o Baixo Sabor e Ribeiradio) vai custar, por sua vez, três mil milhões de euros e vai também contribuir com o acréscimo de um por cento da procura de energia final.
Ora, diz o ambientalista, com significativamente menos dinheiro, com medidas dirigidas para a eficiência energética para vários sectores económicos e com tempos de retorno também menores, o país pode poupar até 30 por cento da energia que consome hoje. Com cerca de oito vezes menos capital (400 milhões de euros) do que o necessário para realizar o programa de barragens, garante que o país pode reduzir a procura de energia final em 1,3 por cento, reduzindo a energia mal gasta. Comparando com os tempos de retorno dos grandes investimentos públicos, de 40 anos na travessia do Tejo e de 70 anos nas barragens (correspondentes aos prazos de concessão), o do investimento em eficiência energética é sete a 10 vezes inferior.

(...)

Faltaram alternativas

Apesar de as novas grandes barragens terem sido apresentadas com o objectivo de reduzir as emissões de gases de estufa e de equilibrar o sistema eléctrico nacional com a produção eólica e térmica, o autor diz que "não foram identificadas nem avaliadas alternativas" que permitissem objectivos mais ambiciosos para o mesmo esforço financeiro (três mil milhões de euros) e não foram tidos em conta critérios de sustentabilidade social, ambiental e económica, pelo que considera que o programa "é ineficaz quanto aos objectivos". As 12 novas barragens devem permitir uma capacidade hídrica adicional de 1,1 gigawatts, para atingir o total de sete gigawatts em 2020.
Se, por um lado, o programa vai estimular o consumo de mais energia (sem emissões), quando o discurso oficial é no sentido de uma maior eficiência do mesmo consumo, por outro, o esforço financeiro necessário é elevado para o resultado final projectado. "A relevância nacional do programa de barragens é mínima", conclui Joanaz de Melo.
Embora defenda que o programa não terá os benefícios ambientais pretendidos, concorda que estas grandes centrais "ajudam na operação das redes eléctricas", para responder aos períodos de pico e ao equilíbrio do sistema com a produção eólica e térmica. Contudo, considera que estes problemas podem ser "significativamente minimizados" por via da eficiência energética. Consumindo menos, o país reduziria os seus picos também. Quanto à ligação à restante produção, defende que o Governo devia apostar em maior capacidade de bombeamento das barragens e no reforço das já existentes, algo que o plano não estudou.

Síntese de impactos

Programa Nacional de Barragens

"Muito negativo": destruição de habitats protegidos;

elevados riscos e inundação de regiões únicas;

vai aumentar a procura de energia final

Terceira travessia rodoviária sobre o Tejo

"Muito negativo":

agravamento da poluição atmosférica;

emissões de dióxido de carbono;

desincentivo ao transporte público e à renovação urbana;

vai aumentar a procura de energia final

Uso eficiente de energia por todos os sectores

"Muito positivo": grandes poupanças na importação de energia fóssil e nas emissões poluentes

Uso eficiente de electricidade

"Muito positivo": grandes poupanças na importação de energia fóssil e nas emissões poluentes

domingo, 2 de agosto de 2009

PROPAGANDA DE VERÃO, EDP & COMPª

A questão da segurança de Amarante melhora a olhos vistos, para gozo do autarca de Amarante, o mais tranquilo , e agora com razões reforçadas.
É que se a possibilidade de rotura da barragem de Fridão era, até há pouco, de um para um milhão, passou, agora, por artes mágicas, para um para dez milhões ...!

Do JN de 2 de Agosto de 2009


Do mesmo JN em 11 de Janeiro de 2009

Dizia o Dr Armindo Cunha Abreu em 14 de Junho de 2009, com a sua proverbial autoridade na matéria

(aos microfones da TSF, em programa encomendado pela EDP, citando os técnicos menos os da Protecção Civil) ..São estruturas seguras, mesmo havendo algum risco, porque o risco (a ausência do) nunca é absoluto, há sempre tempo de tomar as devidas cautelas, em termos de vidas humanas.
Já agora consultemos Víctor Pimenta em " o António Maria "
.
..A EDP comprou ao governo "socialista" a ideia assassina de construir uma dúzia de novas barragens hidroeléctricas, com o argumento espúrio de que fazem falta para guardar água potável e produzir energia limpa (aqui anda Pimenta...)
Mas a verdade é que, no seu conjunto, tais centrais não poderão acrescentar mais do que 3% à energia eléctrica produzida actualmente em Portugal.A verdade é que tal construção serve apenas para cumprir três objectivos que, devidamente escrutinados, chegariam não só para demitir o actual CEO da EDP, mas talvez mesmo para metê-lo na cadeia — por administração dolosa e tentativa de violação do direito público da água.
Os objectivos criminais que presumo são estes:disfarçar o prejuízo estrutural de exploração do sector eólico nacional;aumentar artificialmente os activos desta empresa privada com participação minoritária do Estado e de outras entidades públicas portuguesas;
criar condições para um futuro monopólio da água!
Será que os nossos políticos indolentes já se deram conta da manobra? Ou já só temos corruptos no baralho da actual partidocracia?
A rede de envolvimento e tráfico de influências lançada pela EDP sobre as autarquias do Alto Douro —uma região que deveria cobrar ao resto do país, e sobretudo das empresas energéticas, um clara percentagem pela exploração da sua maior riqueza, ali produzida diariamente, i.e., quase 80% da energia hidroeléctrica produzida em Portugal, e que consumimos maioritariamente nas regiões de Lisboa e Porto — é um crime e visa um crime ainda maior.
É pois urgente impedir o plano de barragens em curso — sobretudo aquelas que ameaçam destruir o rio Sabor, a linha férrea e o vale do Tua, ou submergir, em caso de desastre (a zona onde querem construir a barragem do Fridão poderá ser fortemente afectada num sismo futuro), a cidade de Amarante!
Não nos iludamos com a propaganda de Verão.