terça-feira, 25 de março de 2008

Apresentação

Este espaço de debate e intervenção, nasce da vontade de um grupo de amarantinos (e não só) de diversos quadrantes, e transversalmente irmanados, visando constituir uma alavanca que potencie a inconformação de quantos repudiam a forma cega e imponderada como o Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial, equacionou a barragem de Fridão, a cerca de 6 quilómetros (o mais próximo dos 5 empreendimentos hidroeléctricos a erigir a montante da cidade, englobados na designada cascata do Tâmega), já que os factores sopesados comparativamente a outras soluções, foram, fria e notoriamente, focalizados na área a inundar, como se o seu impacto, directo, e incontornável, sobre a cidade de Amarante, fosse desprezível.Contrariamente ao que o programa minimiza ou escamoteia, a barragem programada para Fridão, virá a repercutir-se-á de forma irreversível e devastadora na cidade de Amarante, a nível das condições de vida, da qualidade da água para consumo, do regime e amplitude das cheias e sua incidência na segurança dos residentes, da completa destruição do revestimento vegetal das margens e ínsua dos frades, das praias fluviais, dos percursos pedonais beira-rio, da descaracterização radical da paisagem, com a irreversível rotura do diálogo harmónico da moldura ambiental com o conjunto monumental e histórico da ponte e Igreja de S. Gonçalo - uma trilogia âncora de uma economia exclusivamente virada para o turismo - como se tudo isso fosse tara sem valor e de somenos importância.Sem negar a relevância conjuntural dos recursos endógenos e das energias renováveis em toda a sua momentosa importância perante as questões ambientais, a incomportável factura energética e a nossa dependência dos combustíveis fósseis, esta insofismável realidade, não pode, nem deve, ainda assim, ser arvorada como um rolo compressor que leve de roldão, valores irresgatáveis e de uma hierarquia relativa sem precedentes, que não foram compaginados, por quem deliberadamente se virou de costas para os amarantinos.Visando complementar as reuniões abertas, e informais, que têm vindo a decorrer, semanalmente, na sede da Junta da Freguesia de S. Gonçalo, este fórum pretende alertar e mobilizar a sociedade civil, em articulação com a Comunicação Social e todos os quadrantes políticos e estrutura autárquica, para acções concretas, numa frente comum que demova os mentores deste erro histórico e demolidor para a nossa comunidade já por demais espoliada, e na sequência de mais um processo decisório, capcioso, de curta visão e exclusivamente pautado pela sofreguidão da rentabilidade directa

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