domingo, 28 de dezembro de 2008

SILÊNCIO DOS INOCENTES, perdão, dos AMARANTINOS...!

Se a barragem vier, tal como aceitamos o gasóleo e as algas da barragem do Torrão, é tudo uma questão de hábito: primeiro estranha-se depois entranha-se...!


Cá para nós: Amarante (ou os amarantinos?) está a afundar-se ou virada do avesso?


Decorridos largos meses desde que disponibilizamos em http://www.petitiononline.com/PASB2008/petition-sign.html uma petição a enviar à Assembleia da República, as 2792 subscrições registadas até ao presente, situam-nos ainda aquém das 4000 assinaturas legalmente exigidas para a sua discussão em plenário. Onde param os muitos que dizem estar contra a barragem, e o que, ou quem, os intimida?
Com o aval dos que já se assumiram, comparticipamos um pedido de audiência pelo Presidente da República. Quanto ao mais, iremos até onde os nossos conterrâneos nos mandatarem, já que os poderes instituídos e as forças políticas locais continuam fechados que nem ostras, a mando de quem ou a troco do quê (?).

NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, BLOCO DE ESQUERDA DEMARCA-SE DA APATIA DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA BARRAGEM DE FRIDÃO.

O Deputado à Assembleia Municipal, pelo Bloco de Esquerda, Alcino Simões, que integra a comissão de acompanhamento da Barragem de Fridão, após haver notificado o presidente desta comissão, no sentido de promover uma reunião que dinamizasse este grupo de trabalho, e sem resultados visíveis, endereçou, na reunião daquele órgão autárquico, em 27 do corrente, ao Presidente da Mesa, uma petição em que se demarca da apatia e marasmo em que prossegue aquele grupo de trabalho, decorridos 14 meses sobre a sua constituição, e donde destacamos:

Ex.ºSr. Presidente da Assembleia Municipal de Amarante:

"... Que nos lembremos, foram efectuadas três reuniões, sendo que uma delas serviu para a eleição do seu presidente e secretário, outra para preparação de um encontro para debate publico com especialistas nesta matéria, e finalmente uma ultima, após renuncia do seu presidente, para eleger os novos órgãos desta mesma comissão, que foi inconclusiva.Assim, como actividade palpável e visível sobra o já referido debate publico que teve lugar nesta mesma sala.É muito pouco para um problema de tamanha importância e decisivo para o futuro de Amarante.Não queremos acreditar que esta quase inexistente actividade radica na falta de empenhamento com que os nossos representantes, a começar pelo Sr..Presidente da Câmara, e alguns elementos destacados da oposição, encaram este problema, mau grado publicas e repetidas profissões de fé contra a sua construção.Diga-se a verdade que já não é bem assim, esta posição tem vindo ao longo do tempo a sofrer alterações estratégicas, tanto que neste momento o Sr..Presidente da Câmara já aceita a sua construção garantidos que estejam alguns pressupostos, nomeadamente a segurança., como se alguém o possa garantir ( vide entrevistas dadas a vários órgãos de comunicação social).Pela nossa parte ainda pensamos que os objectivos que nortearam a criação desta Comissão se encontram válidos e actuais, e não aceitamos a sua “morte natural”.Tudo fizemos e continuaremos a fazer ao nosso alcance para que tal não venha a acontecer, como atestam o alerta que lançamos em assembleia anterior e o apelo que recentemente fizemos por carta endereçada ao Sr.. Eng.º Sampaio, representante designado pelo PSD em substituição do Dr. Abel Afonso, para nova reunião.Contudo, a manter-se esta apatia e aparente desinteresse, não aceitaremos continuar a caucionar com o nosso contributo esta Comissão cujos resultados até ao momento estão muito longe dos objectivos que presidiram à sua criação."

António Norte Simões

sábado, 13 de dezembro de 2008

Um exemplo a seguir no Tâmega

Barragem do Baixo Sabor
Tribunal Administrativo dá razão à Plataforma Sabor Livre


«A Plataforma Sabor Livre (PSL) ganhou um novo "round" na luta contra a construção da barragem do Baixo Sabor e acusa a EDP de desrespeitar ordens judiciais.
No passado dia 3 de Dezembro, o Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa emitiu um despacho que dá razão ao pedido de providência cautelar interposto pelo grupo de organizações ambientalistas reunidas na plataforma. Segundo a Plataforma, a decisão determina a supensão imediata das obras e a suspensão da prorrogação da validade da declaração de impacte ambiental da obra.
Neste processo polémico que se arrasta há vários anos, junta-se agora esta decisão do Tribunal Administrativo suscitada pelo facto de o contrato de construção da barragem ter sido assinado a 30 de Junho de 2008, quinze dias depois de a declaração de impacte ambiental ter caducado.»

in Público -11 de Dezembro de 2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

(PARA MEMÓRIA FUTURA...)

In Rádio Renascença 3.12.2008
Regiões
Amarante
População diz "não" a barragem




O Movimento Contra a Barragem de Fridão, em Amarante, aproveita a deslocação do Presidente da República, esta manhã, ao Marco de Canavezes, para dar visibilidade ao seu protesto.
A questão da segurança da albufeira, em construção prevista a montante da sede de Concelho, é a principal preocupação dos manifestantes.

“Não é agradável sabermos que a 10km da cidade temos um muro em betão com cerca de 90 metros de altura e com uma albufeira enorme. Portanto, a minha primeira preocupação e a de todos os amarantinos é a questão da segurança. Em caso de catástrofe, evidentemente, a cidade seria destruída”, afirma Armindo Abreu, Presidente da Câmara de Amarante.

A Câmara já aprovou por unanimidade uma moção contra a construção da barragem e o socialista e autarca, Armindo Abreu, diz que agora é necessário esperar pelo estudo de impacto ambiental.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega reuniu com Chefe da Casa Civil da Presidência da República

Em conformidade com o anúncio difundido em vários OCS, nomeadamente aos microfones do Rádio Clube Português, e fruto de contactos preliminares, nesse sentido, uma comissão do Movimento Cívico Para o Desenvolvimento no Tâmega, contactou o Presidente da República, na sua visita ao município do Marco de Canaveses, no passado dia 3 de Dezembro, transmitindo-lhe a sua inconformação perante as dramáticas consequências para a cidade de Amarante e para a segurança das populações ribeirinhas, que resultarão da construção da barragem de Fridão, segundo expresso num manifesto que conta já com 1300 aderentes. Tendo as contingência de espaço e tempo inviabilizado uma abordagem mais exaustiva, e a comissão sido remetida pelo PR, para o Chefe da sua Casa Civil, vai aquela comissão remeter ao Gabinete do Presidente da República uma informação mais detalhada, com vista a um mais estreito acompanhamento do processo, por parte do PR,no âmbito do seu magistério.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Cavaco Silva vai receber Movimento contra barragem de Fridão

O Movimento Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega, que luta contra a construção da barragem de Fridão, em Amarante, vai ser recebido quarta-feira pelo Presidente da República, anunciou hoje a organização.

Cavaco Silva visita a 03 de Dezembro o Município do Marco de Canaveses, onde vai inaugurar um parque fluvial no rio Tâmega e as piscinas municipais de Alpendorada e Matos.
Será após a sessão de boas-vindas, na qual o Presidente da República receberá a Medalha de Honra e o título de cidadão honorário do Município, que uma delegação do movimento contestatário das barragens no rio Tâmega entregará a Cavaco Silva um exemplar do Manifesto Anti-barragem «Salvar o Tâmega e a vida no Olo».
O líder do movimento, Emanuel Queirós, disse à Lusa que o lançamento do manifesto anti-barragem serve «para mobilizar a população para a fase da discussão pública» sobre o projecto da barragem, que deverá ocorrer no segundo semestre de 2009, quando for apreciado o estudo de impacte ambiental, em elaboração.
Além do manifesto, o movimento anti-barragem lançou uma petição na internet, que recolheu mais de 1.100 assinaturas em menos de duas semanas.
O manifesto é subscrito por cidadãos dos quatro concelhos afectados pela construção do empreendimento - Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Mondim de Basto e Amarante.
«As Barragens do Tâmega vêm fazer a artificialização do rio, provocam a implosão do vale, a destruição dos ecossistemas, ou seja, a interrupção da vida natural tal como nós a conhecemos», considera o movimento de cidadãos.
Insurgindo-se contra «a falta de voz de determinação e reivindicação» dos órgãos da região, o movimento quer fazer ouvir a sua voz junto dos órgãos de estado.

Diário Digital / Lusa

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega

Mais um movimento que agrega aderentes dos concelhos de Cabeceiras de Basto / Celorico de Basto / Mondim de Basto / Amarante e que tem vindo a desencadear acções de sensibilização junto das populações mais directamente afectadas pela projectada barragem de Fridão, dispondo de um blogue acessível em http://cidadaniaparaodesenvolvimentonotamega.blogspot.com/, bem como uma petição/manifesto cujo teor e subscrição estão acessíveis em http://www.petitiononline.com/PABA/petition.html


sábado, 8 de novembro de 2008

Reversível... Irreversível!? Vá lá..."SUBSTITUAM"

Tive a oportunidade de constatar que o Plano da Direcção Geral de Energia, aprovado pelo Governo, e que prevê a construção de inúmeras barragens(PNBEPH), não descartava "a possibilidade de se vir a deparar com dificuldades imprevisíveis na construção de novos aproveitamentos hidroeléctricos de grande e média dimensão..."
Face a tal possibilidade, o dito Plano recomenda o estudo de um cenário alternativo, baseado na realização de reforços de potência de aproveitamentos hidroeléctricos já existentes.
Por estranho que nos possa parecer, aquele Plano admite a possibilidade de substituir o Escalão de Fridão pelo reforço de potência de Salamonde, que designam de Salamonde II.
Pode conclui-se daqui que a Barragem de Fridão é facilmente substituível por uma solução muito menos penalizadora, já que incidirá sobre um rio artificializado em todo o seu curso nacional, não acrescentando mais factores de instabilidade aos já existentes!
Dessa forma as "dificuldades imprevisíveis", receadas, não ocorreriam, e o Tâmega continuaria igual a si mesmo, espelho e reflexo da beleza da nossa região!
Amarante, poderia então, empenhar-se no combate à eutrofização das águas da albufeira do Torrão e devolver ao rio a saúde ambiental que lhe roubaram, a troco de um punhado de KWs de energia, que não sabemos a quem aproveitam!
Essa decisão de "SUBSTITUIR" pouparia inúmeros incómodos àqueles que, não sabendo bem o que devem defender, se sentem "como o tolo no meio da ponte", e aos que sabendo bem quanto a querem, nos tentam convencer do contrário!
Tal solução, SÁBIA DECISÃO, salvaria a face dos que "como quem não quer a coisa" se vão acomodando à ideia de que a barragem é irreversível, e vão convencendo outros da sua fatalidade!
Irreversível é que não é, pois até a querem Reversível, que o mesmo é dizer que a água vai andar ali num sobe e desce até que já "gasta"a deixem escapar, para lhe repetirem a tortura na Barragem do Torrão!
Não sei se quando se escapar, ainda se lhe poderá dar o nome de ÁGUA!? Porque esta, costuma ser incolor, insípida e inodora!
E "aquela coisa" verde, estagnada na albufeira do Torrão,água é que não é concerteza!Repetir a dose a montante de Amarante e na belíssima zona de Fridão... SÓ de LOUCOS ou de CEGOS!Que ninguém se cale! Pois só criando "DIFICULDADES IMPREVISÍVEIS" levaremos os decisores a SUBSTITUIR FRIDÃO POR SALAMONDE!

António Aires

Transcrito do blogue: FORÇAFRIDÃO

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O contrato de concessão da barragem de Fridão será assinado em Dezembro com a EDP.

O contrato da concessão da barragem de Fridão, no rio Tâmega – um empreendimento muito contestado em Amarante – a celebrar entre o Estado e a EDP vai ser assinado em Dezembro, assegurou terça-feira o presidente do Instituto da Água (INAG). Os contratos de concessão com a EDP - que ganhou o concurso para Fridão, Alvito e Foz Tua - com a Endesa - que ganhou Girabolhos - e com a Iberdrola - que ganhou Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões - serão assinados dentro de um mês, afirmou o presidente do INAG.
A atribuição dos contratos de concessão às três empresas será feita por decreto-lei, precisou Orlando Borges.
O responsável salientou que os concursos não tiveram “uma única contestação, o que demonstra a sua transparência e rigor”.
O Governo lançou o ano passado um programa nacional para a construção de 10 barragens, prevendo um investimento total entre os 1.000 e os 2.000 milhões de euros e um aumento da capacidade de produção hídrica do país em 1.100 megawatts (MW), de modo a ultrapassar os 7.000 MW de potência instalada até 2020.Estado encaixa mais de 600 milhões de euros O Estado vai encaixar 624 milhões de euros com a adjudicação da concessão de oito barragens do Programa Nacional de Barragens à EDP, Iberdrola e Endesa, afirmou à Lusa o presidente do Instituto da Água (INAG).
O investimento total nas oito barragens será de cerca de 3.000 milhões de euros e o aumento da produção hídrica, que estava previsto ser de 1.100 megawatts (MW) para as 10 barragens programadas, será “ultrapassado”, afirmou Orlando Borges.
O presidente do Instituto da Água confirmou que as barragens de Almourol e Pinhosão não receberam qualquer proposta no concurso lançado pelo Governo, ficando por construir.
Orlando Borges afirmou, no entanto, que dadas as “fortíssimas restrições” colocadas à construção das barragens de Almourol e Pinhosão, vê como “positiva” a sua não construção.
“Os objectivos que tínhamos com dez barragens [em termos de encaixe financeiro e de produção hídrica], vamos conseguir atingi-los com oito”, afirmou.
Marão online

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Uma cruzada iniciada em 1995

Interessante o texto que se segue, publicado numa das badanas desta brochura

Que melhor hora para rescussitar esta associação!? A lista dos seus fundadores e responsáveis por este texto segue publicada na outra badana.

domingo, 2 de novembro de 2008

Na cama com o Inimigo...


O Bloco de Esquerda acaba de afixar, em diversos pontos da cidade, este cartaz elucidativo da altura da barragem de Fridão relativamente à ponte e Igreja de S. Gonçalo.Face a isto, só resta aos residentes no Centro Histórico e zona ribeirinha, até à quinta geração, aprovisionarem doses hospitalares de ansiolíticos, para conseguirem pregar olho com o monstro a seis quilómetros, à espera de acidente natural, fortuito, ou deliberadamente provocado, para vir por aí abaixo em menos de um ai.

Rio Tâmega:Quercus denuncia o impacto ambiental de mais barragens

Neste endereço


a Quercus denuncia o impacto ambiental da construção de cinco novas barragens no rio Tâmega, previstas no Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico apresentado pelo Governo em Outubro de 2007, que aumentará o problema de eutrofização já patente neste curso de água e cujo ganho energético não justifica os danos ecológicos inerentes.

sábado, 18 de outubro de 2008

Tremores de Terra!? Não , obrigado.

Um dos aspectos que mais me preocupa quando se fala na construção da Barragem de Fridão, é a da segurança da mesma, dado que "...a região em que se inscreve o aproveitamento se situa na zona sísmica C, isto é, de risco sísmico reduzido..."(Anexo 5 do PNBEPH)Só que nesta zona de risco sísmico reduzido(actualmente!) vai ser introduzido um factor de forte instabilidade, que é uma albufeira com cerca de 100 metros de profundidade e com capacidade para uns milhões de metros cúbicos de água.A construção e o futuro enchimento da albufeira numa área recortada por várias falhas, poderá induzir a ocorrência de sismos.A esses sismos, chamam os entendidos,SIR(Sismos Induzidos por Reservatórios) e andam associados a reservatórios com grande capacidade de armazenamento e com elevada altura, como a barragem que aqui querem construir!Andei a tentar aprender algo sobre o assunto e permito-me aqui reproduzir um texto da universidade de Brasília, que me parece elucidativo.Sismicidade Induzida "Além das forças naturais, certas acções do homem podem produzir terramotos localizados como as explosões nucleares. A formação de lagos artificiais, com o propósito de gerar energia, também pode gerar tremores de terra e este fenómeno é denominado sismicidade induzida por reservatórios (SIR). Embora seja um fenómeno raro - são milhares de reservatórios para poucos casos de SIR - ele é considerado um perigo potencial já que existem barragens espalhadas por todo o mundo. Tempos atrás, acreditava-se que os lagos artificiais só podiam gerar sismos de pequena magnitude, associados exclusivamente ao peso da água neles contidas. Constatou-se depois que não se pode descartar a hipótese de uma relação entre terramotos catastróficos e enchimento de reservatórios. Por isso, o estudo da SIR tornou-se um campo de particular importância para as pesquisas sismológicas. Possível mecanismo para geração de sismos induzidosA construção da barragem cria um novo lago, que irá alterar as condições estáticas das formações rochosas do ponto de vista mecânico (em virtude do próprio peso da massa de água), e do ponto de vista hidráulico (em consequência da infiltração do fluido na subsuperfície, que causa pressões internas nas camadas rochosas profundas). A combinação das duas acções pode desencadear distúrbios tectónicos e, eventualmente, gerar sismos, caso as condições locais sejam propícias. Efeito da pressão da água nos poros da rocha Mesmo que o peso da água, em reservatórios com mais de cem metros de profundidade, seja insuficiente para fracturar as rochas da base, a coluna de água exercerá uma pressão hidrostática, empurrando o líquido através dos poros das rochas e de fracturas pré-existentes. Esse incremento de pressão pode levar meses ou mesmo anos, para avançar distâncias não muito longas, dependendo da permeabilidade do solo e das condições de fractura das rochas. No entanto, quando a pressão alcança zonas mais fracturadas, a água é forçada para dentro das rochas, reduzindo o esforço tectónico e facilitando o deslocamento de blocos falhados. Este processo é incrementado pela acção lubrificante da água, que reduz a fricção ao longo dos planos das fracturas e falhas. A água tem ainda o papel de agente químico: ao hidratar certas moléculas, ela enfraquece o material e favorece a formação de novas fissuras, que levam o líquido a penetrar ainda mais profundamente no interior do maciço rochoso.A SIR é, portanto, um fenómeno dinâmico resultante da interacção complexa das novas forças induzidas pelo lago, que passam a interferir sobre o regime de forças naturais previamente existentes. Não se sabe, ao certo, se o reservatório apenas antecipa a ocorrência de terramotos que viriam a ocorrer de qualquer maneira, ou se pode também alterar a magnitude dos sismos. Exemplos mundiais de SIRUm dos casos mais espectaculares ocorreu na Índia, no ano de 1967, no reservatório de Koina, com 103 metros de altura, em região sismicamente estável e geologicamente muito antiga. O sismo atingiu magnitude 6.4 na escala Richter, deixou 177 mortos e 2.300 feridos, além de causar danos estruturais à barragem e outros estragos consideráveis em localidades vizinhas. Na mesma década de 60, observou-se ainda 3 outros casos de SIR, com magnitudes acima de 6.0, em áreas de barragens com altura superior a 100 metros: Xinfengkiang, 105 m, na China; Kariba, 128 m, na Africa; e Kremasta, 147 m, na Grécia. "Ora, as condições do local reúne características muito preocupantes: Uma delas é o facto de a estrutura rochosa estar profundamente fracturada e fragmentada, com predominância de xistos fortemente laminados e fissurados, que vão permitir a infiltração das águas da albufeira, e nem as argilas associadas estão imunes à diluição, pela pressão da água!Além daquela característica, importa referir que a albufeira será vizinha de um couto mineiro largamente explorado, e cuja extensão e dimensão das galerias subterrânes é praticamente desconhecida!Logo, uma zona onde se acrescenta mais este factor de risco, que agrava a possibilidade da ocorrência de sismos induzidos!Todos os amarantinos sabem que ali perto estão as conhecidas Minas de Vieiros e as Minas do Fontão, estas a uma cota que me parece inferior à da superfície que a água virá a ter na projectada albufeira!A penetração da água, devida à enorme pressão que irá exercer, poderá desestabilizar toda a região e originar sismos, cuja gravidade e consequências ninguém está em condições de prever!E continua a bater-me nos olhos aquele pedaço de texto que em tempos li num Estudo de Impacte Ambiental encomendado pela EDP à TECNINVESTE, ENGE-RIO PORTUGAL(Vol. IV do Relatório Síntese III)" Tendo em conta que a albufeira do Fridão será construida numa área recortada por várias falhas de desenvolvimento regional que já apresentam baixa actividade sísmica, PODERÃO EXISTIR RISCOS SIGNIFICATIVOS DE SISMOS INDUZIDOS"Não é de meter medo?

Publicada por António Aires
em http://www.aguaplana.blogspot.com/

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Movimento edita jornal



25 de Setembro de 2008

Temos sobre os ombros o futuro de Amarante

Perante as notícias que começaram a circular em meados de 2007, da eminente aprovação pelo Governo, de um denominado “Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico” (PNBEPH), foi geral a rejeição por parte dos amarantinos mais atentos e dos responsáveis políticos locais, em aceitar a inclusão neste Plano da intenção de construir uma barragem em Amarante, na freguesia de Fridão, a apenas seis quilómetros dos limites da cidade e com uma altura prevista de 90 metros.
Essa rejeição está bem expressa na resolução aprovada, por unanimidade, pela Câmara Municipal de Amarante, em 17 de Setembro de 2007, e que publicamos na última página deste jornal, na deliberação da Assembleia Municipal também de Setembro de 2007 e nas tomadas de posição de todas as estruturas locais dos partidos com actividade política regular no nosso concelho.
No âmbito da Assembleia Municipal foi mesmo constituída uma “Comissão de Acompanhamento” com elementos de todos os partidos políticos ali representados.
Contudo, com o avançar do tempo e apesar do andamento de cruzeiro em que rapidamente entrou todo o processo do PNBEPH com concursos públicos e adjudicações, os principais actores da política local, com os quais contávamos para liderar o processo, não deram qualquer sinal de acção concreta no sentido de informar a comunidade sobre a ameaça que pairava sobre Amarante, ou mesmo qualquer indicação de alguma diligência que tivessem encetado para a combater.
Perante a evidência de tal apatia, decidiu um grupo de amarantinos constituir-se em movimento de cidadãos com o objectivo de informar e mobilizar a população contra a intenção do Plano de construir uma barragem em Fridão.
Não querendo substituir-nos aos órgãos da administração pública, aos partidos políticos, ou às associações cívicas concelhias, consideramos, contudo, que o que está em causa é demasiado sério, demasiado importante, demasiado ameaçador para justificar uma pedrada no charco e o agitar das consciências mal informadas ou comprometidas.
Uma das primeiras decisões deste movimento, que reúne semanalmente na sede da Junta de Freguesia de S. Gonçalo, foi criar um meio de interacção com os cidadãos, o que fez em 25 de Março de 2008, tendo optado por criar um sítio na internet, um blogue, que tem por endereço, http://www.poramarantesembarragens.blogspot.com e onde foram sendo colocadas notícias, opiniões, comentários…
Posteriormente, em 28 de Abril de 2008, avançou o movimento com a divulgação de uma petição à Assembleia da República que pode ser assinada na Internet no endereço, http://www.petitiononline.com/PASB2008/petition.html, ou em folhas de subscrição que circulam pela cidade.
A intenção desta petição é a de levar a Assembleia da República a agendar a discussão deste assunto em Plenário o que será conseguido quando se atingir as 4.000 assinaturas. Nesta data o número de assinaturas recolhidas aproxima-se das 3.000.
Mas, tendo consciência de que a internet não chega ainda à maioria da população, decidiu este movimento cívico lançar este jornal que respiga do blogue “Por Amarante sem Barragens” um conjunto de textos que visam fornecer ao leitor mais informação e melhor conhecimento sobre o desenvolvimento da execução do PNBEPH, do projecto de Fridão e do comportamento de alguns dos seus principais actores.
Os textos seleccionados que, por uma questão de disponibilidade de espaço neste jornal, são uma pequena parte do que está na internet, são apresentados pela ordem da sua publicação e o mais próximo possível do formato do blogue.
Partimos do texto de apresentação datado de 25 de Março de 2008 e terminamos este jornal com a notícia da última proposta apresentada pela EDP, para a construção, não de uma, mas sim de duas barragens em Fridão.
Pretendemos com a publicação deste jornal dar mais um contributo para o esclarecimento dos amarantinos visando uma tomada de consciência sobre as suas responsabilidades enquanto meros depositários de um legado sobre o qual lhe serão pedidas contas pelas gerações futuras.








segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A barragem de Fridão, outras vozes

Mais barragem, menos barragem...

Há bem pouco tempo, ficamos a saber que não é uma barragem que se projecta para construção na área da Freguesia de Fridão, mas sim duas barragens!E, se uma barragem incomoda muita gente, duas incomodam muito mais...Com uma ou duas barragens, é seguro que desaparecerão irremediavelmente algumas das mais belas paisagens do Tâmega, no seu curso amarantino!A perda será irreparável!As matas ribeirinhas, onde pontificam os amieiros, os salgueiros, os freixos e outras espécies irão desaparecer, e com elas, as áreas de refúgio e de nidificação de um elevado número de espécies.Não teremos mais o privilégio de nos encantarmos com a beleza do hipericão florido, com a verde exuberância dos fetos-reais, com a nobreza dos buxos selvagens, com o aroma dos mirtos, com o dourado dos lúpulos floridos ou com a esbelta elegância das cavalinhas!Os penedos que nos convidavam à exploração, a um saudável exercício de sobe e desce, onde se abrigam os alhos selvagens floridos, ficarão para sempre sepultados, por milhões de metros cúbicos de água, de qualidade duvidosa.O rio vai calar-se para sempreO alegre cantarolar das águas por entre as pedras, não passará de uma bela recordação para aqueles que um dia, tiveram o privilégio de conhecer o Tâmega como um rio límpido e livre!Algumas das nossas memórias colectivas vão afogar-se!Amarante perde!Perde irremediavelmente o que ajudou a fazer dela, uma das mais belas terras de Portugal!


Texto e fotos retirados o blogue FORÇAFRIDÃO
http://www.aguaplana.blogspot.com

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Duas pontes, dois pesos, duas medidas e silêncios sepulcrais na alameda Teixeira de Pascoaes



!Barragem do Tua adiada para 2010
Ontem


EDUARDO PINTO


O início da construção da barragem do Tua foi adiado para meados de 2010, um ano depois da data prevista inicialmente. A EDP justifica com a necessidade de introduzir novos elementos no Estudo de Impacte Ambiental.
Os novos dados englobam, entre outros aspectos, informação complementar na área da ecologia e surgem como aditamento àquele processo, cuja fase de consulta pública só já vai ficar concluída até ao final do primeiro trimestre de 2009. Por seu lado, a emissão da Declaração de Impacte Ambiental deverá ocorrer até Julho do mesmo ano.
A EDP já informou os presidentes das câmaras dos concelhos, directa ou indirectamente, abrangidos pelo aproveitamento hidroeléctrico programado para a foz do rio Tua (Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor).
O adiamento do processo não provocou reacções negativas nos autarcas que apoiam a construção. O presidente do Município de Vila Flor, Artur Pimentel, considera que é "normal", pois "para as coisas serem bem feitas levam o seu tempo a preparar". O edil de Carrazeda de Ansiães, Eugénio de Castro, opina que "os adiamentos nunca são positivos", no entanto, acrescenta, "os fundamentos desta decisão não põe em causa o projecto da barragem, nem o andamento das conversações entre as Câmaras e a EDP".
Por seu turno, o presidente da Câmara de Murça, João Teixeira, até classifica a alteração de datas como uma "medida positiva", pois vem de encontro aos interesses dos municípios envolvidos, que encomendaram um estudo para apurar o modelo de desenvolvimento possível para o vale do Tua, com ou sem barragem.
João Teixeira considera também que o alargamento dos prazos vai permitir elaborar "mais calmamente" o Estudo de Impacte Ambiental e, dessa forma, tomar "uma decisão mais próxima do consenso e que melhor defenda o desenvolvimento integrado do vale".
A definição da cota da albufeira da barragem fica agora adiada para meados do próximo ano, não obstante a dos 170 metros continuar a reunir melhores opiniões, por representar o alagamento de menor área agrícola (vinha e olival), bem como alguns acessos rodoviários. Apesar disso e nesse cenário, os últimos 16 quilómetros da linha ferroviária do Tua ficarão debaixo de água, situação contestada por José Silvano.
in JN online

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Última hora: Afinal o drama tem mais um acto

TÂMEGA: EDP propõe-se construir duas barragens a montante de Amarante

A EDP propõe-se construir não uma mas duas barragens no rio Tâmega, a poucos quilómetros da cidade de Amarante, com alturas de 102 metros e 30 metros, servindo a mais pequena de contra-embalse e de regularização do caudal do rio, revela o primeiro memorando apresentado à autarquia.
A barragem prevista em Fridão, próximo do campo de tiro, segundo a documentação a que o Marão Online teve acesso, terá 102 metros de altura e um coroamento de 310 metros.

A barragem mais pequena terá um paredão de 30 metros e um coroamento de 130 metros, à cota de 90 metros.

A instalação de grupos reversíveis no escalão principal (Fridão) e o equipamento do escalão de jusante será avaliada na fase de anteprojecto, revela a EDP, cujos técnicos reuniram há dias com o presidente da câmara de Amarante.

O elevado caudal debitado pelo escalão de Fridão – 350 metros cúbicos/segundo – é a justificação da EDP para construir um escalão inferior, que funcionaria como "modulador" do caudal turbinado pela barragem principal.

A solução apresentada pela EDP é bastante superior ao caudal de referência (240 m3/s) para uma central não reversível, que tinha sido estudada pelos técnicos dos gabinetes que elaboraram os estudos preliminares do plano nacional de barragens.

Segunda barragem no Tâmega
junto à ponte do Borralheiro


Segundo o cronograma apresentado pela EDP decorrerá até Junho de 2009 a elaboração dos estudos ambientais, já adjudicados, estando prevista a discussão pública da avaliação ambiental no segundo semestre do próximo ano.

O segundo escalão, a ser construído um pouco a montante da ponte do Borralheiro, vai inundar os terrenos marginais até ao pé da barragem de Fridão.

O NPA (Nível de Pleno Armazenamento) desta segunda barragem é a cota 85, criando uma albufeira total de 4,5 milhões de metros cúbicos.

A área inundada prevista é de 51 hectares.

Além disso, o caudal da Ribeira de Santa Natália será incorporado neste segundo escalão.

Ainda segundo o cronograma da concessionária das barragens, o projecto definitivo – após emissão da declaração de impacte ambiental (DIA) e do RECAPE (Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução) – será elaborado até ao fim de 2011, fase em que serão desenvolvidos os processos de concurso e dos contratos de adjudicação.

A fase de construção do empreendimento desenvolver-se-á entre 2012 e o fim de 2016, data do início de produção eléctrica.



in: Marão Online 22.09.2008

MRPP organiza debate

O MRPP organiza dia 27 deste mês, pelas 16,00 horas, uma sessão de debate sobre a barragem de Fridão, no cinema Teixeira de Pascoaes, em Amarante na qual participará o seu dirigente nacional Garcia Pereira e para a qual covidou o Movimento Por Amarante sem Barragens, o deputado municipal dr. Emanuel Queirós do movimento "Amarante com Ferreira Torres" , e as associações ambientalistas Quercus e Coagret.

Um Ministro, um plano, duas retóricas

Afinal em que ficamos? A questão dos transvazes está ou não arredada das considerações do Plano Nacional de Barragens ...!? Se calhar tanto quanto a questão ambiental haver sido decisiva para a escolha e o cerne da questão, a avaliar pela barragem de Fridão, Amarante ainda tem que ficar agradecida.
A visão do Ministro Nunes Correia sobre as vantagens acrescidas das barragens, apesar dos custos ambientais



Recursos hídricos
Ministro do Ambiente exclui transvazes no Plano Nacional de Barragens
2007-10-04 16:58:00 Lusa

O ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, garantiu hoje que os transvazes “estão arredados das considerações” do Plano Nacional de Barragens, no qual foi dado um “peso muito particular às questões ambientais”.

“Os transvazes não estão previstos e não foram considerados na avaliação sobre o potencial destas barragens”, garantiu.

Segundo o ministro, as barragens “foram analisadas de três formas: o seu potencial hidroeléctrico, componentes sócio-económicas, no quadro das bacias hidrográficas, e não no quadro dos transvazes e, finalmente, as questões ambientais”.

O plano nacional aponta como localizações Padroselos, Vidago, Daivões, Gouvães, Fridão, Foz-Tua, Pinhosão, Girabolhos, Alvito e Almourol. A consulta pública termina em Novembro.

Nunes Correia salienta que, com este plano, não se pretende fazer “business as usual”, mas “inaugurar uma nova abordagem de planeamento hidráulico”, que se prende com a avaliação ambiental das localizações propostas.

Na selecção e análise dos 25 locais com potencial de implantação, Nunes Correia frisou que a questão ambiental foi “decisiva para a escolha”, tendo constituído “o cerne do processo de decisão”.

domingo, 14 de setembro de 2008

Amarante TV entrevista Hugo Silva sobre Fridão

O sitio "Amarante TV" disponibiliza uma entrevista, em três partes, com Hugo Silva, membro deste movimento "Por Amarante Sem Barragens" que pode ver aqui:

http://amarante.tv/index_in.html

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

TÂMEGA: Fisgas do Ermelo poderão desaparecer com desvio do rio Olo para barragem de Gouvães - Rui Cortes

A construção de cinco barragens na bacia hidrográfica do Tâmega e de três derivações de cursos de água, incluindo uma no rio Olo, vão afectar seriamente toda a zona envolvente a este rio internacional e o Parque Natural do Alvão, enquanto as célebres cascatas das Fisgas do Ermelo poderão mesmo desaparecer.
O alerta é do professor Rui Cortes, docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e especialista em estudos ambientais, escrito num artigo publicado há dias no sítio "Esquerda.net", publicação digital do Bloco de Esquerda.
"Este conjunto de [quatro] barragens, mais Fridão, irá mudar completamente o Tâmega e os afluentes mais importantes. E todas as povoações ribeirinhas. O Tâmega desaparecerá como nós o conhecemos, dado que desde a fronteira até Amarante será quase uma longa albufeira com cerca de 150 km de comprimento", refere o especialista no seu artigo.
Rui Cortes tem participado em diversos colóquios realizados por ambientalistas, que se opõem às barragens e, há alguns meses, alertou também a população de Amarante para as consequências ambientais que a construção do aproveitamento de Fridão provocará na cidade.

Fisgas do Ermelo afectadas

Rui Cortes sublinha que o desvio de água do rio Olo – imediatamente a juzante da povoação de Lamas de Olo, em Vila Real, e um pouco antes da cascata de Ermelo, para a albufeira de Gouvães – constitui mais uma ameaça para a região, sobretudo para a cascata "Fisgas do Ermelo".
Terá lugar uma forte diminuição do caudal do Olo devido ao desvio das águas a apenas algumas centenas de metros a montante daquela cascata.


"Os aproveitamentos de Gouvães e Padroselos localizam-se em dois dos afluentes mais interessantes em termos ambientais. No primeiro caso, a barragem terá 36 m de altura e 173 m de comprimento, localizando-se no Rio Torno. Mas desviará ainda a água dos rios Viduedo, Alvadia e Olo. As célebres cascatas das Fisgas de Ermelo poderão desaparecer e o próprio Parque Natural do Alvão será profundamente afectado", considera o especialista ambiental.
O projecto das quatro barragens da cascata do Tâmega, como é conhecida – Daivões, Gouvães, Padroselos e Alto Tâmega –, foi adjudicado ao grupo espanhol Iberdrola.
Além da derivação do Olo, um canal com 7,8 quilómetros, a albufeira de Gouvães será ainda alimentada pela derivação de mais dois rios Alvadia (canal de 4,4 km) e de Viduedo (3 km).
Com estas afluências à albufeira de Gouvães, a energia produzida naquela barragem em ano médio é estimada em 153 GWh/ano.

Uma das maiores
cascatas da Europa


Considerado um "ex-libris" do Parque Natural do Alvão, a cascata Fisgas do Ermelo fica localizada na freguesia de Ermelo, concelho de Mondim de Basto, distrito de Vila Real.
Segundo a descrição, a cascata de Ermelo "é uma das maiores quedas de água de Portugal e uma das maiores da Europa".
Várias enciclopédias assinalam a cascata de Fisgas do Ermelo: "[A água do rio Olo] não se precipita numa vertical absoluta, fá-lo através de uma grande barreira de quartzitos formando um profundo socalco. As suas águas separam as zonas graníticas das zonas xistosas das terras envolventes".
O desnível da cascata estende-se ao longo de 200 metros de extensão "cavados ao longo dos milénios da sua existência pelas as águas calmas mas perseverantes do rio Olo".
O acesso para a cascata de Fisgas do Ermelo pode ser feito pelas estradas florestais que ligam Lamas de Olo à localidade de Ermelo ou a partir de Mondim de Basto e Vila Real através da estrada EN304, junto à aldeia de Ermelo e à ponte sobre o rio Olo.

[Fotos de Philstudio e do ICNB]

Sobre a ameaça que paira sobre o Olo e por consequência sobre Amarante, pode ler outros textos no arquivo do mês de Maio deste blog.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

"Subsídio" da Autoridade Nacional de Protecção Civil para a compreensão da ameaça que paira sobre Amarante






Cheias Induzidas por rotura de Barragens

Em Portugal Continental existem actualmente quase 100 grandes barragens e cerca de 800 de média e pequena dimensão, a grande maioria construída há já umas décadas. Apesar de projectadas e edificadas com toda a segurança, existe sempre algum risco de ocorrer a rotura de uma barragem, quer por colapso da sua estrutura, quer por cedência das fundações.
A rotura de uma barragem induz a jusante uma onda de inundação que pode afectar muitas vidas humanas e causar elevados danos materiais.

A actual legislação Portuguesa sobre segurança de barragens exige que as grandes barragens efectuem uma análise do risco de rotura e obriga os donos das barragens e as entidades governamentais a definirem mapas de inundação (com base em modelos hidrodinâmicos), de modo a permitir a definição de zonas de risco. Exige ainda que possuam planos de emergência, incluindo sistemas de alerta e aviso.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

PCTP/MRPP, em comunicado enviado à agência Lusa.

No documento, a estrutura partidária "questiona o que acontecerá à cidade de Amarante em caso de acidente com a barragem" e lembra que o aproveitamento hidroeléctrico vai ficar situado a seis quilómetros de Amarante, "com uma parede de 110 metros de altura, retendo as águas do rio".
Alerta ainda para os riscos de um "desastre ambiental em larga escala".
"Porque o rio Tâmega para montante de Amarante já apresenta um grau considerável de poluição, perguntamos que saúde e que qualidade de vida vão ter as populações ribeirinhas?", questiona o partido.
"Será que não basta o exemplo do efeito da poluição na albufeira do Torrão, mas que não cerca nem coloca as populações com esse grau de risco?", pergunta também.
Em Abril deste ano, o especialista em estudos de impacte ambiental Rui Cortes disse que a cidade de Amarante corre o risco de sofrer um desastre ambiental, se a barragem de Fridão for transformada em aproveitamento reversível, ficando emparedada entre dois açudes e duas barragens.
O especialista, docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), explicou que esse risco decorre da elevada poluição do rio Tâmega.
O Governo aprovou no início de Dezembro do ano passado o Programa Nacional de Barragens, que contempla a construção de 10 novas centrais hidroeléctricas, incluindo cinco na bacia hidográfica do Rio Tâmega a montante de Amarante.


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

SEPARAR AS ÁGUAS (ou algas?)

Neste dia 18 de Agosto, dia S. Agapito (Mártir), fomos pela estrada do Marco de Canaveses, confirmar o martírio dos amarantinos que vivem favorecidos pelas benesses que lhes trouxe a barragem do Torrão, comparativamente ao aspecto do rio Tâmega no local onde é colhida actualmente a água da rede pública, tudo para que nos preparemos para o progresso que aí vem, na enxurrada da barragem de Fridão.

Como S.Tomé, ver para crer

É certo que poucos da actual geração recordam ainda o Rio Tâmega antes da barragem do Torrão.
E muitas coisas terão passado de moda, tais como um rio limpo, ou estas rodas que por lá vimos à margem do caminho.
Como até a praia Aurora como a vimos hoje
Quando temos uma piscina das ondas, tal como a vimos reflectida no rio

A GERAÇÃO PRESENTE TEM ENTRE MÃOS O DIREITO E O DEVER DE LEVANTAR A SUA VOZ.
A MENOS QUE OPTE, COMO OS POLÍTICOS DA NOSSA PRAÇA, POR NÃO FAZER ONDAS.

POR ESTE ANDAR, DA MESMA FORMA QUE JÁ POUCOS SE LEMBRAM DO RIO TÂMEGA ANTES DA ALBUFEIRA DO TORRÃO, É MAIS QUE PROVÁVEL QUE, DENTRO DE UMA GERAÇÃO, AMARANTE JÁ TENHA CAÍDO EM DESUSO.