quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Movimento edita jornal



25 de Setembro de 2008

Temos sobre os ombros o futuro de Amarante

Perante as notícias que começaram a circular em meados de 2007, da eminente aprovação pelo Governo, de um denominado “Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico” (PNBEPH), foi geral a rejeição por parte dos amarantinos mais atentos e dos responsáveis políticos locais, em aceitar a inclusão neste Plano da intenção de construir uma barragem em Amarante, na freguesia de Fridão, a apenas seis quilómetros dos limites da cidade e com uma altura prevista de 90 metros.
Essa rejeição está bem expressa na resolução aprovada, por unanimidade, pela Câmara Municipal de Amarante, em 17 de Setembro de 2007, e que publicamos na última página deste jornal, na deliberação da Assembleia Municipal também de Setembro de 2007 e nas tomadas de posição de todas as estruturas locais dos partidos com actividade política regular no nosso concelho.
No âmbito da Assembleia Municipal foi mesmo constituída uma “Comissão de Acompanhamento” com elementos de todos os partidos políticos ali representados.
Contudo, com o avançar do tempo e apesar do andamento de cruzeiro em que rapidamente entrou todo o processo do PNBEPH com concursos públicos e adjudicações, os principais actores da política local, com os quais contávamos para liderar o processo, não deram qualquer sinal de acção concreta no sentido de informar a comunidade sobre a ameaça que pairava sobre Amarante, ou mesmo qualquer indicação de alguma diligência que tivessem encetado para a combater.
Perante a evidência de tal apatia, decidiu um grupo de amarantinos constituir-se em movimento de cidadãos com o objectivo de informar e mobilizar a população contra a intenção do Plano de construir uma barragem em Fridão.
Não querendo substituir-nos aos órgãos da administração pública, aos partidos políticos, ou às associações cívicas concelhias, consideramos, contudo, que o que está em causa é demasiado sério, demasiado importante, demasiado ameaçador para justificar uma pedrada no charco e o agitar das consciências mal informadas ou comprometidas.
Uma das primeiras decisões deste movimento, que reúne semanalmente na sede da Junta de Freguesia de S. Gonçalo, foi criar um meio de interacção com os cidadãos, o que fez em 25 de Março de 2008, tendo optado por criar um sítio na internet, um blogue, que tem por endereço, http://www.poramarantesembarragens.blogspot.com e onde foram sendo colocadas notícias, opiniões, comentários…
Posteriormente, em 28 de Abril de 2008, avançou o movimento com a divulgação de uma petição à Assembleia da República que pode ser assinada na Internet no endereço, http://www.petitiononline.com/PASB2008/petition.html, ou em folhas de subscrição que circulam pela cidade.
A intenção desta petição é a de levar a Assembleia da República a agendar a discussão deste assunto em Plenário o que será conseguido quando se atingir as 4.000 assinaturas. Nesta data o número de assinaturas recolhidas aproxima-se das 3.000.
Mas, tendo consciência de que a internet não chega ainda à maioria da população, decidiu este movimento cívico lançar este jornal que respiga do blogue “Por Amarante sem Barragens” um conjunto de textos que visam fornecer ao leitor mais informação e melhor conhecimento sobre o desenvolvimento da execução do PNBEPH, do projecto de Fridão e do comportamento de alguns dos seus principais actores.
Os textos seleccionados que, por uma questão de disponibilidade de espaço neste jornal, são uma pequena parte do que está na internet, são apresentados pela ordem da sua publicação e o mais próximo possível do formato do blogue.
Partimos do texto de apresentação datado de 25 de Março de 2008 e terminamos este jornal com a notícia da última proposta apresentada pela EDP, para a construção, não de uma, mas sim de duas barragens em Fridão.
Pretendemos com a publicação deste jornal dar mais um contributo para o esclarecimento dos amarantinos visando uma tomada de consciência sobre as suas responsabilidades enquanto meros depositários de um legado sobre o qual lhe serão pedidas contas pelas gerações futuras.








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