sábado, 1 de maio de 2010

Já há quem possa festejar Fridão

Mais uma vez, se comprova, aquilo que muitos, há muito tempo dizem.

Os Estudos de Impacte Ambiental e os chamados períodos de discussão pública dos mesmos, são meros pró-forma, para enganar pategos.

O valor destes estudos e da pretensa participação democrática que os sustenta, pode, no nosso caso, ser também avaliado pela decisão, já tomada pela autarquia amarantina, mas ainda não publicitada, de desistir da construção de um dos Centros Escolares previstos para a margem esquerda, em favor de um Centro Escolar na margem direita, por saber que teria a garantia que a barragem era para construir, e assim saber também que poderia contar com a passagem rodoviária que o chamado segundo escalão de Fridão permitirá, para conduzir os alunos de Rebordelo, Fridão,etc, para o Centro Escolar de Gatão.
É a isto que esta gente que nos (des)governa chama de "política de transparência".

A mesma "política de transparência" que deixou o nosso edil a fazer figuras tristes no dia em que nos fecharam a linha do Tâmega até à Livração.


Linha férrea que o jornal o "Público" de hoje, em artigo do jornalista Carlos Cipriano, titulado "AVANÇO DO TGV SACRIFICA MODERNIZAÇÃO DA LINHA CONVENCIONAL E NOVOS COMBOIOS PARA A CP", comenta e afirma que "a construção do Tâmega e Corgo estão comprometidas. Estas últimas foram encerradas abruptamente por "motivos de segurança" no ano passado, tendo o Governo prometido a sua reabilitação, mas a Refer ainda não foi autorizada a nelas gastar os 33,3 milhões que previu para os próximos dois anos para transformar aqueles estradões (foram-lhe arrancados os carris e as travessas) em vias férreas novas".

Que fale agora Armindo Abreu que, quando o trataram abaixo de cão, não lhe dando cavaco sobre o encerramento da linha, teve a distinta lata de mandar para a geral que o "Governo promete e cumpre". O mesmo autarca que ficou todo babado com a visita de desagravo da Secretária de Estado dos Transportes.

Pobre terra onde os que assistem impávidos e serenos ao avanço da barragem de Fridão ainda se arvoram em paladinos da liberdade, numa marcha da dita cuja, até Fridão, com o patrocínio da EDP...!!!

Esta gente não é para ser levada a sério!


Governo de José Sócrates, Francisco Assis e Armindo Abreu, dá luz verde, através do ministério do ambiente, à construção da Barragem de Fridão.


A barragem, a ser construída pela EDP, num investimento de 242 milhões de euros, está inserida no plano nacional com elevado potencial hidroelétrico, sendo a terceira a receber o parecer, depois do Alvito e Foz Tua.

A DIA impõe a cota mais baixa em avaliação (NPA 160) e diversas medidas ao nível dos recursos hídricos, tendo em vista a salvaguarda da qualidade da água, explicou a mesma fonte.

Ao nível do património, a DIA prevê também medidas de compensação patrimonial, como a transladação conjunta da Capela do Senhor da Ponte e da Ponte medieval de Vilar de Viando.

O aproveitamento hidroléctrico do Fridão terá uma capacidade instalada de 160 megawats.

Entretanto, no final de Março, foi recomendado um novo período de consulta pública para a barragem de Fridão pelo Bloco de Esquerda, em comissão parlamentar, sob o argumento que as populações «não tiveram toda a informação necessária» para que a consulta pública do estudo de impacte ambiental, concluída a 15 de Fevereiro, decorresse com toda a transparência e rigor.

Da parte do PS, o deputado Marcos Sá considerou a proposta do BE «alarmista» e criadora de um «papão» injustificado, lembrando que o processo de consulta pública decorreu «com normalidade».

O empreendimento afecta os concelhos de Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto.

A comissão de acompanhamento da barragem, da Assembleia Municipal de Amarante, defende que o estudo de impacte ambiental foi «inconclusivo e mal elaborado» e acredita que um «estudo realista» evidenciará a inviabilidade da obra.

Sol / Lusa

Sem comentários: