O alerta é do professor Rui Cortes, docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e especialista em estudos ambientais, escrito num artigo publicado há dias no sítio "Esquerda.net", publicação digital do Bloco de Esquerda.
"Este conjunto de [quatro] barragens, mais Fridão, irá mudar completamente o Tâmega e os afluentes mais importantes. E todas as povoações ribeirinhas. O Tâmega desaparecerá como nós o conhecemos, dado que desde a fronteira até Amarante será quase uma longa albufeira com cerca de 150 km de comprimento", refere o especialista no seu artigo.
Rui Cortes tem participado em diversos colóquios realizados por ambientalistas, que se opõem às barragens e, há alguns meses, alertou também a população de Amarante para as consequências ambientais que a construção do aproveitamento de Fridão provocará na cidade.
Fisgas do Ermelo afectadas
Rui Cortes sublinha que o desvio de água do rio Olo – imediatamente a juzante da povoação de Lamas de Olo, em Vila Real, e um pouco antes da cascata de Ermelo, para a albufeira de Gouvães – constitui mais uma ameaça para a região, sobretudo para a cascata "Fisgas do Ermelo".
Terá lugar uma forte diminuição do caudal do Olo devido ao desvio das águas a apenas algumas centenas de metros a montante daquela cascata.
"Os aproveitamentos de Gouvães e Padroselos localizam-se em dois dos afluentes mais interessantes em termos ambientais. No primeiro caso, a barragem terá 36 m de altura e 173 m de comprimento, localizando-se no Rio Torno. Mas desviará ainda a água dos rios Viduedo, Alvadia e Olo. As célebres cascatas das Fisgas de Ermelo poderão desaparecer e o próprio Parque Natural do Alvão será profundamente afectado", considera o especialista ambiental.
O projecto das quatro barragens da cascata do Tâmega, como é conhecida – Daivões, Gouvães, Padroselos e Alto Tâmega –, foi adjudicado ao grupo espanhol Iberdrola.
Além da derivação do Olo, um canal com 7,8 quilómetros, a albufeira de Gouvães será ainda alimentada pela derivação de mais dois rios Alvadia (canal de 4,4 km) e de Viduedo (3 km).
Com estas afluências à albufeira de Gouvães, a energia produzida naquela barragem em ano médio é estimada em 153 GWh/ano.
Uma das maiores
cascatas da Europa
Considerado um "ex-libris" do Parque Natural do Alvão, a cascata Fisgas do Ermelo fica localizada na freguesia de Ermelo, concelho de Mondim de Basto, distrito de Vila Real.
Segundo a descrição, a cascata de Ermelo "é uma das maiores quedas de água de Portugal e uma das maiores da Europa".
Várias enciclopédias assinalam a cascata de Fisgas do Ermelo: "[A água do rio Olo] não se precipita numa vertical absoluta, fá-lo através de uma grande barreira de quartzitos formando um profundo socalco. As suas águas separam as zonas graníticas das zonas xistosas das terras envolventes".
O desnível da cascata estende-se ao longo de 200 metros de extensão "cavados ao longo dos milénios da sua existência pelas as águas calmas mas perseverantes do rio Olo".
O acesso para a cascata de Fisgas do Ermelo pode ser feito pelas estradas florestais que ligam Lamas de Olo à localidade de Ermelo ou a partir de Mondim de Basto e Vila Real através da estrada EN304, junto à aldeia de Ermelo e à ponte sobre o rio Olo.
[Fotos de Philstudio e do ICNB]
O projecto das quatro barragens da cascata do Tâmega, como é conhecida – Daivões, Gouvães, Padroselos e Alto Tâmega –, foi adjudicado ao grupo espanhol Iberdrola.
Além da derivação do Olo, um canal com 7,8 quilómetros, a albufeira de Gouvães será ainda alimentada pela derivação de mais dois rios Alvadia (canal de 4,4 km) e de Viduedo (3 km).
Com estas afluências à albufeira de Gouvães, a energia produzida naquela barragem em ano médio é estimada em 153 GWh/ano.
Uma das maiores
cascatas da Europa
Considerado um "ex-libris" do Parque Natural do Alvão, a cascata Fisgas do Ermelo fica localizada na freguesia de Ermelo, concelho de Mondim de Basto, distrito de Vila Real.
Segundo a descrição, a cascata de Ermelo "é uma das maiores quedas de água de Portugal e uma das maiores da Europa".
Várias enciclopédias assinalam a cascata de Fisgas do Ermelo: "[A água do rio Olo] não se precipita numa vertical absoluta, fá-lo através de uma grande barreira de quartzitos formando um profundo socalco. As suas águas separam as zonas graníticas das zonas xistosas das terras envolventes".
O desnível da cascata estende-se ao longo de 200 metros de extensão "cavados ao longo dos milénios da sua existência pelas as águas calmas mas perseverantes do rio Olo".
O acesso para a cascata de Fisgas do Ermelo pode ser feito pelas estradas florestais que ligam Lamas de Olo à localidade de Ermelo ou a partir de Mondim de Basto e Vila Real através da estrada EN304, junto à aldeia de Ermelo e à ponte sobre o rio Olo.
[Fotos de Philstudio e do ICNB]
Notícia tirada daqui: http://www.maraoonline.com/MARAO/MARAO_online/757BA711-F3F9-49D9-8421-201C2CF6DFD8.html
Leia o artigo completo em http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=8104&Itemid=130
Sobre a ameaça que paira sobre o Olo e por consequência sobre Amarante, pode ler outros textos no arquivo do mês de Maio deste blog.
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