domingo, 29 de março de 2009

OLHA QUEM FALA...

Venha outra que esta não convenceu

Depois do que se ouviu na Conferência/Debate sobre “Riscos induzidos pela Barragem de Fridão”, enquanto o Marão on-line de 21 de Março realça:

"Os quatro especialistas de engenharia civil convidados pela Câmara Municipal de Amarante para um debate, sexta-feira à noite, sobre a segurança da barragem de Fridão, no rio Tâmega, não conseguiram tranquilizar os adversários da sua construção.

Os intervenientes asseguraram "a excelência da engenharia portuguesa" na construção de aproveitamentos hidroeléctricos, reputada em todo o mundo, mas ao mesmo tempo reconheceram "que não existem risco zero", deixando na centena e meia de assistentes a ideia de que a construção de duas barragens, a apenas três e seis quilómetros a montante da cidade, "é um facto consumado".

O responsável do LNEC, que se escusou naturalmente a dizer se era a favor ou contra a construção de Fridão, reconheceu, contudo, que não há nenhum caso em Portugal de uma cidade situada quase no sopé de uma grande barragem.

-O Público on-line, cita o vice-presidente do LNEC, "nenhum argumento conseguirá travar a construção das barragens no rio Tâmega, sobretudo se atentarmos à sua valia económica"

-O Notícias de Figueiró refere que "a construção da Barragem de Fridão tem sido tema de controvérsia e as forças vivas locais não apoiam o projecto".

- Vá lá , vá lá que para o Jornal de Amarante embora tendo citado que "os riscos existem em toda e qualquer actividade humana sendo impossível reduzi-los a um valor nulo", "existe a Engenharia precisamente para dar resposta a estes problemas e minorar até ao limite possível todos os riscos inerentes a empreendimentos como este......"que "o debate foi de sobeja produtividade , apesar das tentativas infrutíferas de alguns membros da plateia em destabilizar o debate transformando-o num confronto político..." (assim pensou e escreveu o sr José Guimarães) - (1) (2)

..."Se me perguntarem, assim como a muitos que lá estavam, se acreditam que a hipotética barragem algum dia colapsará, quase me atrevo a garantir que todos acreditam que não, mas ..." "...Havia quem estivesse presente e, tal como eu, não é capaz de se deixar convencer de que os riscos são mínimos, ou, mesmo que acredite que o são, não adquire tranquilidade os que estão mais interessado na agitação política e pouco interessados com a substância nesta matéria.A esses é que não há mesmo sal que os salgue". (1) (3)

(1)-Esteve presente, não interveio.

(2)-Membro da Juventude Socialista

(3)-Militante nº 21843 do Partido Socialista, deputado à Assembleia Municipal e membro da comissão política concelhia.


"Parabéns" ao Jornal de Amarante pela forma como vem assegurando o confronto das diversas correntes de opinião, quando a outros não deixa senão o recurso a passar as suas ideias como publicidade paga.

E agora, para que vai servir o próximo debate sobre o impacto ambiental da barragem de Fridão (?) se: - "a construção de duas barragens, a apenas três e seis quilómetros a montante da cidade é um facto consumado".- "nenhum argumento conseguirá travar a construção das barragens no rio Tâmega, sobretudo se atentarmos à sua valia económica"- "Todas as palavras estão ditas, resta construir, esta e outras barragens constantes do Plano Nacional (José Sócrates em Picote, no concelho transmontano de Miranda do Douro)."

Já agora coloquem na vossa base de dados:

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTODO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL Decreto-Lei n. 232/2007

"... Desde cedo a experiência nacional bem como a resultante de outros ordenamentos jurídicos próximos do nosso, que dispõem de um instrumento análogo de avaliação de impactes ambientais de projectos revelou que essa avaliação (ambiental) tem lugar num momento em que as possibilidades de tomar diferentes opções e de apostar em diferentes alternativas de desenvolvimento são muito restritas.

De facto, não é raro verificar que a decisão acerca das características de um determinado projecto se encontra já previamente condicionada por planos ou programas nos quais o projecto se enquadra, esvaziando de utilidade e alcance a própria avaliação de impacte ambiental a realizar."

E juntem-lhe este artigo de ontem no Expresso

AVALIAÇÃO DE
IMPACTO AMBIENTAL

- AI, AI, AI


Há muitos anos, um autarca do
interior interrogava-se sobre as
vantagens de se construir uma
escola na sua aldeia: “Escolas para
quê se aqui ninguém sabe ler?” É o
mesmo tipo de raciocínio que os
governos fazem quando
consideram que a informação
e a comunicação não interessam
porque em Portugal ninguém
participa… Ou então porque são
sempre os mesmos a participar,
como também já se ouviu. Na
mesma linha de pensamento, as
audiências públicas dos estudos
de impacto ambiental (EIA) foram
sendo progressivamente
desincentivadas e, por fim,
dispensadas em 2001 e nunca mais
repostas. É certo que, desde que se
aprovou a Lei dos EIA, em 1990, as
coisas nunca funcionaram bem: a
informação disponibilizada ao
público era muitas vezes críptica,
vasta e tardia; os períodos da sua
consulta eram brevíssimos; e as
“inoportunas” sessões de debate
pareciam escolhidas para os
períodos do ano que garantissem
a presença de menos gente. A certa
altura considerou-se que geravam
algum ruído desconfortável, como
aconteceu com a célebre
co-incineração. A José Sócrates,
então ministro do Ambiente,
pareceu hipocritamente sensato
dispensá-las, tornando-as
facultativas – o que significou,
na prática, acabar com elas. E foi
assim que este importante
processo de mobilização cívica para
a informação, para a comunicação
e para a participação, recuou para
as eras napoleónicas, para não dizer
pior. Isto apesar da medida
contrariar a directiva europeia.
Entretanto, já lá vão oito anos
e nenhum outro responsável do
Ambiente – e já lá vão 12 entre
secretários de Estado e ministros –
se preocupou em repô-las. Até
quando?

Pode ser que perante esta farsa de sujeitar a discussão pública uma declaração ambiental sobre um projecto já decido e irreversível, o candidato às próximas eleições, Armindo Abreu, se recuse a ser conivente, e obtenha da comissão política concelhia a que preside em regime pós laboral, luz verde para tirar os calços que estão a travar o parecer que a Câmara encomendou ao Gabinete Jurídico, pois de outro modo, os seus apaniguados podem não bastar se na próxima homilia sobre impactos ambientais, entrarem novamente mudos e saírem calados, para depois salgarem o Jornal de Amarante onde têm tribuna livre, que muitos, maldosamente, consideram ser a follha do dr. Armindo Abreu.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu estive lá e queria participar mais activamente (sem interferências políticas: na qualidade de cidadão). Já agora existe algum conselho?

José Novais disse...

cambada de parolos incultos amarantinos...existem inumeras cidades a jusante de barragens e nunca se opuseram a isso...temos um exemplo bem próximo como a RÈGUA..que é uma cidade bem mais desenvolvida k amarante pq tem gente k faz força para a frente ao contrário de amarante que só puxam para trás e não desenvolve...se em vez de se preocuparem com a barragem fossem recuperar o parque florestal entre outros...

quem fala assim não é gago...