quarta-feira, 30 de abril de 2008

Faz-se caminho ao andar


Na tarde da passada 3ªfeira, 29 de Abril, esteve na nossa cidade, uma equipa da Rádio Renascença que recolheu diversos depoimentos sobre a problemática da Barragem de Fridão, nomeadamente, junto do Presidente do Município, líderes dos diversos partidos, para além de cidadãos e um representante do movimento cívico "Por Amarante Sem Barragens". A tónica dominante - segundo salientou o repórter que conduziu as entrevistas - incidiu na ameaça à segurança dos amarantinos, a conviver com aquela massa de água a um nível de 90 metros superior, e apenas a 6 quilómetros da cidade, ainda que numa possibilidade remota de rotura, sendo também sublinhados de forma geral, o desastre ecológico iminente, com a radical destruição da naturalidade da paisagem e da moldura ambiental do conjunto histórico da ponte e Igreja de S. Gonçalo, e decorrente impacto negativo na oferta turística, e subsequentes reflexos na actividade económica a ele associada. Em segundo plano situaram-se os aspectos ligados ao comprometimento da qualidade da água para consumo e outras utilizações, as alterações climáticas, sempre inevitáveis, a potenciação da amplitude das cheias, a destruição total do equilíbrio do ecossistema, o comprometimento da fauna, flora e espécies piscícolas, a emergência de variedades exóticas, e os fenómenos ligados ao incremento da eutrofização na bacia do Tâmega, levando à proliferação de algas algumas delas tóxicas.
Enquanto a problemática da barragem de Fridão não figurar na Comunicação Social, ela não existe. Saúde-se mais este passo. O caminho faz-se andando.

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