sexta-feira, 18 de abril de 2008

PCTP/MRPP pronuncia-se sobre a barragem de Fridão

Com data de 30 de Outubro de 2007, o Núcleo de Simpatizantes e Militantes do PCTP/MRPP do Vale do Tâmega emitiu um comunicado sobre a Barragem de Fridão com o título:

EXIJAMOS O DEBATE SOBRE A BARRAGEM DE FRIDÃO

Desse comunicado coligimos as seguintes passagens:

“O PCTP/MRPP exige que a discussão para a construção da barragem de Fridão se faça com as populações e que seja fornecida toda a informação sobre os riscos de acidente e sobre as consequências aos níveis micro-climático (clima local), ambiental e da saúde pública.
(...)
O PCTP/MRPP vem exigir às câmaras municipais de Basto e Amarante que a discussão e o debate sobre a construção da barrragem de Fridão mobilize as populações, o poder autárquico, as forças políticas e todas as forças vivas da região (…).
(...)Esta barragem vai deixar submersa a ponte sobre o Tâmega de Mondim de Basto, o lençol de água vai estender-se até Fermil e toda a veiga da Igreja de Veade e a própria igreja vão ficar debaixo de água.
Quanto à segurança, o PCTP/MRPP denuncia que a construção do lado de Fridão vai apoiar-se sobre uma fractura tectónica e que, em caso de movimentos sísmicos, poderá haver a consequente ruptura da estrutura da barragem e, nesse caso, a cidade de Amarante e as suas populações sofrerão uma catástrofe com consequências imprevisíveis pois não haverá tempo para activar qualquer plano de evacuação.
Quanto à região de Basto é bom que se informe a população que reside no vale, no caso Mondim de Basto, de que vai passar a viver mais dias por ano com bancos de nevoeiro, o que prejudicará a produção vitivinícola; a qualidade de vida também diminuirá pois vão aumentar em grande escala doenças como a asma, a bronquite e reumáticas e, inerente à deterioração da água da barragem com cianobactérias, teremos invasão de parasitas, melgas, moscas, mosquitos, etc…
Quanto aos benefícios que alguns senhores do poder autárquico e político falam, lembramos que os empregos só existirão durante a fase de construção e já sabemos que vão fazer escrava a mão-de-obra do costume, em grande parte de trabalhadores imigrantes. E quanto aos proveitos do turismo perguntamos quem é que nessas condições vem fazer turismo náutico ou outro como se pode ver pelo grande exemplo da barragem do Torrão que, também diziam, trazia o turismo para Amarante. Hoje essa barragem é um pesadelo porque a cor da água e o seu cheiro pestilento, por serem águas paradas e criarem cianobactérias, correm com o turismo. Quando antes o rio tinha qualidade para o lazer, hoje as águas da albufeira estão interditas para banhos.”
(…)

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