sábado, 3 de maio de 2008

Jovens contra a barragem

Da juventude de Amarante e do Colégio de S. Gonçalo, à semelhança do que acontece na Escola Secundária, chega-nos um sinal de esperança e um lufada de ar fresco no meio deste deserto em que nos sentíamos uma só Vox clamantis:


PALESTRA SOBRE A HIPOTÉTICA BARRAGEM DE FRIDÃO

Conclusões

Da assinatura do Protocolo de Quioto surgiram algumas medidas em Portugal para reduzir a emissão de gases causadores do efeito de estufa para conseguir cumprir as metas estabelecidas.
Um dos planos que nasceu (ou renasceu) foi o do aproveitamento hidroeléctrico do rio Tâmega que previa a construção de 3 barragens (“), uma das quais em Fridão (Amarante) a cerca de 6 km do centro histórico.
Muitos foram os estudos de impacte ambiental e alguns deles anunciam colapsos nos ecossistemas na zona circundante à hipotética barragem, que é considerada zona sensível.
Esta barragem surge num plano de medidas de combate à dependência económica de Portugal que necessita de importar grande fatia da matéria-prima para a produção de energia, nomeadamente petróleo e de carvão para as centrais térmicas. Pensa-se também que com estas medidas será possível atingir a meta proposta pelo governo, que é produzir 45% da sua energia através de fontes de energia renovável e também cumprir os objectivos do Protocolo de Quioto não se arriscando a ter de pagar multas.
Contudo, parece que este plano de acção só se preocupa com a resolução do problema energético nacional e não com a estabilidade e qualidade de vida das cidades e habitantes das zonas em que se vão instalar as barragens.

A construção da barragem de Fridão acarreta vários problemas ambientais devido à zona em que hipoteticamente será construída. O local envolvente à barragem é sobretudo zona florestal e agrícola, que são terras ricas em nitratos e fosfatos devido à utilização de fertilizantes agrícolas. Por processos de lixiviação estes químicos afluirão ao rio criando habitats propícios.
O crescimento destas algas denomina-se por eutrofização e despoleta crescimento de umas algas superficiais na albufeira, algumas delas tóxicas que acentuarão o grave problema que o rio já traz de Espanha, a poluição da sua água. Consequências gravíssimas no ecossistema, quebrando o equilíbrio das espécies.
A existência de uma barreira de algas impede que a luz solar atravesse para águas profundas impedindo a fotossíntese nas plantas aquáticas e consequentemente a água empobrece-se em oxigénio. Esta desoxigenação da água abalará certamente a fauna e flora aquática.

(“) São cinco barragens.

(in Jornal de Amarante e http://amarante_csg.blogs.sapo.pt. )

1 comentário:

Anónimo disse...

haviam é de afogar alguns dos habitantes dessa aldeia mediucre.