terça-feira, 20 de maio de 2008

Outras vozes, outras paragens, outras barragens, questões comuns






Carta aberta sobre a Linha do Tua

Jornal Público de 20.05.2008, Daniel Conde (Membro do Movimento Cívico pela Linha do Tua)

Em Setembro de 1887, quando El-Rei D. Luís I inaugurou solenemente a Linha do Tua em Mirandela, com certeza não lhe passou pela cabeça que 120 anos depois seria negada a um duque de Bragança a viagem nesta mesma linha. Muito menos pensaria que tal negação seria fruto de uma questão logística incompreensível.
...A possibilidade da construção de uma barragem na foz do Tua, que muitos tratam como um dado adquirido mesmo antes da divulgação do Estudo de Impacte Ambiental, tem trazido a público o que há de pior em matéria de governação e ética.

...É impressionante que da parte do Ministério do Ambiente não haja uma reacção contra a destruição de um ecossistema único; que venha garantir menos emissões de gases com efeito de estufa através de um método que pela eutrofização das águas provoca precisamente gases com efeito de estufa;
...É o momento de perguntar claramente a todas as entidades responsáveis na matéria, e envolvidas na esfera da Linha do Tua, do Vale do Tua, e da possível barragem do Tua: o quê e quem vai beneficiar com a construção de uma barragem no rio Tua? Quem tem aqui interesses, que lobbies, que accionistas, que governantes?

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